Quando uma imagem privada se torna pública, embrenhar-se em um novo começo pode ser a única saída viável.
O terceiro romance de Thais Bergmann aborda as ramificações da invasão à privacidade na esfera virtual, bem como a capacidade de amizades genuínas de superar obstáculos no período da juventude.
Catarina, aos dezesseis anos, viu sua vida dar uma reviravolta completa quando uma imagem íntima, compartilhada por seu ex-namorado, tornou-se pública. A família, a essa altura, concluiu que a única alternativa viável seria iniciar de novo: uma nova cidade, uma nova escola.
E assim, tudo começou a mudar. No entanto, “E foi assim que tudo mudou” não é apenas um alerta de autoproteção e um convite à confiança para os adolescentes.
É, também, uma mensagem de apoio da escritora Thais Bergmann para aqueles que já enfrentaram um pesadelo semelhante. Ela acredita que, com amor, apoio e o passar do tempo, as feridas podem ser cicatrizadas.
Na nova rotina, a personagem principal encontra em Larissa, Joana e Vinícius uma esperança de que tudo possa ser restaurado à sua condição original. No entanto, ao perceber que a situação se repete com uma das novas amigas,
Catarina decide tomar uma atitude: ela revela segredos alheios para desviar a atenção dos colegas.
À medida que a trama se desenrola, a autora explora as complexidades do bullying e dos relacionamentos tóxicos, destacando que é possível encontrar força na vulnerabilidade para recuperar a confiança nas pessoas.
Ele não percebe que, por vezes, apenas desejamos aproveitar a vida e acreditar naqueles que amamos.
Ele não compreende que nosso único equívoco foi depositar confiança naqueles que não a mereciam, que tivemos o infortúnio de confiar em quem não era digno. Ele acredita que uma jovem que compartilha um vídeo ou imagem íntima com o namorado busca apenas atenção. Entretanto, Natan está equivocado. (“E foi assim que tudo mudou”, p. 152)
Publicada pela editora Astral Cultural e com capa ilustrada por Julia Back, esta obra está dividida em 29 capítulos concisos e um epílogo, com inserções na formatação que simulam conversas em aplicativos de mensagens. Os elogios de Clara Alves, autora do best-seller “Conectadas,” e de Lola Salgado, autora de “Sol em Júpiter,” destacam a fluidez, a leveza e o humor sagaz da escrita de Thais.
Comparada a uma “fofoca irresistível,” a narrativa aborda outros temas importantes, como a desafiadora relação de confiança entre pais e jovens.
Thais Bergmann, natural de Santa Catarina, é uma escritora que conquistou o coração do público. Ativa nas redes sociais como influenciadora literária, ela mantém um diálogo com uma comunidade de mais de 70 mil seguidores no Instagram e também no TikTok. Este é o oitavo trabalho da autora, que possui outros títulos, incluindo romances, contos, novelas e audiolivros, além deste.
È catarinense, formada em Escrita Criativa pela PUC Rio Grande do Sul. Apaixonada por dias de inverno sob o aconchego das cobertas, por gatos, artigos de papelaria e romances, ela percebeu durante a adolescência sua vocação para a escrita. Além deste, ela já publicou outros cinco livros de forma independente na Amazon, incluindo “Nosso último verão” e “Enquanto ainda é noite,” e agora lança “E foi assim que tudo mudou,” seu primeiro romance por uma editora tradicional.